Os carros pessoais estão a destruir as nossas cidades. Descubra o que estamos a fazer sobre isso.
Está agora mesmo na cidade, de pé, a olhar pela janela do seu escritório ou apartamento. Apostamos 20€ que vê um carro a circular ou estacionado lá fora. Há carros por toda a parte, foram feitos filmes baseados neles, escritos livros e séries em que são protagonistas ou se fala deles. Os carros são simplesmente incríveis! Ajudaram-nos muito no que toca à evolução da nossa sociedade, ajudaram-nos a explorar, ajudaram-nos a estar mais ligados e deram-nos independência. Apesar disso, esta visão tão positiva está a mudar e as novas gerações têm um pensamento diferente e o valor que dão ao carro difere do das gerações mais adultas. Por sua vez, as gerações passadas lembram-se de como pouparam e usaram os seus primeiros salários para poderem comprar o seu próprio carro.Eu faço parte desta nova geração. Para mim, o carro é sem dúvida um meio de transporte importante mas não me convence o uso que lhe é dado e o papel que desempenha atualmente. Por isso, quero eliminar qualquer preconceito e muitas vezes pergunto-me objetivamente se nós realmente precisamos de ter um carro próprio. Assim, tenho-me informado sobre o preço e os custos, efeitos que tem sobre o meio ambiente e o espaço que ocupa. A minha conclusão é: os carros pessoais têm de desaparecer!
Vamos falar de dinheiro...
"O Custo Total de Propriedade de um automóvel em Portugal vai desde os 1,445€ até aos 1,541€"
Para a maioria das pessoas (especialmente as que pagam um aluguer em Lisboa ou no Porto) o preço é um fator decisivo para tomar qualquer decisão. Quando possui um carro, a lista de custos que lhe seguem são: gasolina, seguro, despesas de manutenção, reparos inesperados, revisões, taxas e impostos, estacionamento, serviços de limpeza e algumas outras multas.... E isto nem sequer inclui o preço de compra do próprio carro! De acordo com o estudo Car Cost Índex 2021 da LeasePlan, o Custo Total de Propriedade de um automóvel em Portugal vai desde os 1,445€ até aos 1,541€, dependendo se conduz um carro a gasóleo ou a gasolina. Este custo, naturalmente, aumenta quanto mais conduz o seu carro.
Na maioria das grandes cidades, a estrutura urbana tem favorecido o rápido desenvolvimento de novos meios para se deslocar pela cidade. Trajetos de autocarro e metro por cerca de 2,2€ e opções mais económicas como bicicletas ou motos partilhadas. Para viagens fora da cidade, um serviço como Virtuo está nos 110€ para um par de dias. Imagine que você e o seu parceiro precisam do carro algumas vezes por mês para sair da cidade. Com base no facto de partilharem as despesas (algo que não é socialmente aceite quando se trata de usar o carro pessoal e ter de suportar todos os custos), cada um de vocês pagará 55€ ou 120€ pelos dois trajectos por mês. Deixamos-lhe fazer as contas!
E quanto ao planeta?
"Um estudo recente determinou que respirar um ar de tão baixa qualidade como o atual, equivale a subtrair 3 anos de esperança de vida, algo superior ao impacto que tem fumar"
Passemos ao próximo tema, o impacto dos automóveis no ambiente. Eu acredito (e espero) que todos nós estamos a ficar um pouco mais conscientes sobre a importância para a nossa saúde de respirar ar limpo. Se não for o caso, então deveria saber que a poluição do ar é o maior fator ambiental com risco de morte na Inglaterra, como também é um problema que afeta milhões de pessoas no mundo. (2). Um estudo recente concluiu que respirar um ar de tão baixa qualidade como o atual equivale a subtrair 3 anos de esperança de vida, algo superior ao impacto do tabaco (3). E o que é pior, com a população urbana em crescimento praticamente diariamente, esta tendência não parece que vá terminar tão cedo.
Apesar disso, isso não tem de continuar. 76% das viagens de aproximadamente 3-5 km são realizadas de carro, mas podemos reduzir este número ao utilizarmos a rede de transportes públicos. Isto reduziria drasticamente o volume das emissões e melhoraria a qualidade do ar que respiramos. Provavelmente está a pensar: "Uso transportes públicos frequentemente e tenho um carro, por isso isto não é para mim". Reflita de novo: certamente há ocasiões em que acha que as lojas onde vai, ficam muito longe e, num momento de preguiça, entra no carro para realizar esse curto trajeto. Acabe com essa tentação!
Que efeitos tem na minha vida social?
"Se pensar na maioria dos lugares sociais na nossa sociedade, pensará em parques, praças e zonas pedonais... todas elas zonas livres de carros"
Quando falamos de espaço, há algumas estatísticas que realmente nos fizeram pensar. A primeira é que um carro se deprecia e desvaloriza durante 96% da sua vida útil(4). A segunda é que 50% do espaço público é destinado a ruas e estradas (5). JH Crawford transparece um argumento importante e lógico. Se pensar na maioria dos lugares sociais na nossa sociedade, pensará em parques, praças e zonas pedonais... todas elas zonas livres de carros. Se eliminarmos os carros das ruas, podemos reduzir a necessidade de asfalto e aumentar a necessidade de áreas verdes onde as crianças possam brincar e os adultos socializar.
Mas está a ser feita alguma coisa?
"Se queremos que as pessoas mudem para uma forma mais sustentável de se deslocar, precisamos de não só de lhes oferecer alternativas de transporte, mas também opções viáveis para viagens fora da cidade"
A este ponto, parece bastante convincente que os carros pessoas têm de desaparecer. A boa notícia é que estamos no processo de o conseguir, os hábitos estão a mudar e estão a ser implementadas novas regras e sistemas. Ainda assim, há muito a fazer. Muitas regras estão a ser planeadas para serem implementadas em 2040, o que é ótimo, mas precisamos de fazer mudanças e tomar decisões já. Atualmente, isto seria como prometer que no próximo ano começará a ir ao ginásio; a intenção está lá, mas não as ações adequadas. Então, se queremos que as pessoas mudem para uma forma mais sustentável de se movimentarem, precisamos não só de lhes oferecer alternativas de transporte, mas também opções viáveis para viagens fora da cidade
E isto é o que nós fazemos...
Oferecemos-lhe a flexibilidade e conforto de um carro próprio, mas sem todas as desvantagens que este implica"
Em geral, negamos que o carro seja uma grande invenção. Mas, no momento em que se desenvolveu, ninguém jamais imaginou que seriam adotados em massa e pensou nas suas consequências. Encontramo-nos num ponto em que fomos mais longe do que suposto, cruzámos a linha e temos de repensar a forma como usamos o carro e se os carros pessoais são necessários para o nosso futuro. É aqui que entra a Virtuo. Oferecemos-lhe a flexibilidade e conforto de um carro próprio, mas sem todas as desvantagens que ele implica. Temos carros que são revisados e limpos profissionalmente para lhe proporcionar uma experiência que vai muito além de ter um carro próprio. Ao cobrir este espaço, queremos ajudar a melhorar o mundo. Una-se à nossa missão e conduza um Virtuo.